EXPLORANDO A INOVAÇÃO NO DIA A DIA: UMA JORNADA PELO MUNDO DAS DECISÕES
Utopia, questão de tempo ou apenas mais uma onda?
O que estou fazendo entrando nessa vida de empreendedor?
“Empreendedorismo é algo que se aprende. Ninguém nasce sabendo tocar o próprio negócio.”
Santiago Iniguez
Presidente da IE Escola de Negócios (Madri, Espanha)
Reconhecer as próprias forças e fraquezas é um grande diferencial de um empreendedor de sucesso, desde seus primeiros dias de negócio. E, portanto, talvez você tenha se identificado com a afirmativa do Sr. Iniguez, pois todo empreendedor já teve esse medo. Nunca se sabe quais desafios aparecerão amanhã e se tudo que sabemos será o suficiente.
O empreendedor, quando inicia o seu projeto, tem muitos medos e dúvidas. Normal!
Também não faz muito sentido dizer “as principais dúvidas”, pois tudo depende da cultura local e da história da pessoa. Por exemplo, sabemos que a educação no Brasil, mesmo a de ensino superior, não prepara as pessoas a abrirem seus próprios negócios. Isso dificulta bastante e exige a busca autônoma por especialização e aperfeiçoamento.
Já em outros locais, mesmo em países desenvolvidos, os medos, dúvidas e obstáculos são outros, mas nunca deixarão de existir.
Algumas respostas que escuto de empreendedores é representada por essa imagem: ou você escolhe um ou outro.
Realmente é muito difícil conciliar a vida pessoal e o trabalho sendo empreendedor, pois sacrifícios serão necessários se você deseja chegar ao sucesso. Porém, conciliar suas responsabilidades familiares, sociais e profissionais é totalmente possível e, acima de tudo, necessário.
A verdade é que, se a felicidade não é uma das metas de seu projeto, nem entre nele.
Crie um ciclo virtuoso, aprendendo a obter o apoio e a incluir a sua família no projeto e você conseguirá ficar cada vez mais forte na busca pelos seus objetivos.
Ah! E o mais importante: empreendedor não tem sucesso sozinho! Busque ajuda e mentoria com os mais experientes!
Uma coisa não tem, necessariamente, a ver com a outra. Você precisa mesmo é compreender a rotina do negócio e os possíveis problemas. Diversas inovações já surgiram de pessoas que souberam escolher sócios, parceiros e colaboradores certos. Por exemplo, Elon Musk iniciou a Space X sem ser especialista em foguetes. Mark Zuckerberg iniciou o Facebook, uma grande inovação no ramo de marketing, sem ser um especialista na área.
Mas se você quiser um exemplo menos clichê, busque pela história de Anita Roddick, fundadora da Body Shop. Ela se uniu a um especialista em plantas medicinais para iniciar o seu negócio e, posteriormente, a empresa foi vendida à L’Oreal por cerca de R$ 4 bilhões. Podemos dizer que foi sucesso, não é?!
Gráficos e planilhas podem ser realmente assustadores, mas eles são os melhores contadores de histórias: eles não mentem. É essa a prerrogativa para você não ter medo deles. Como ter medo de alguém honesto e verdadeiro?
O financeiro é um forte alicerce de qualquer modelo de negócios. E você pode contratar uma consultoria ou utilizar diversas ferramentas para isso.
Esse é o momento de avaliar se vale a pena avançar na empreitada.
Quando você viaja, você provavelmente avalia as atrações do destino, custo de vida local, clima no período da viagem e mesmo coisas que não estão sob seu controle. Então, por que não fazer o mesmo para o seu negócio?
Existe uma ferramenta para esse tipo de análise e se chama Análise FOFA (ou SWOT – em inglês), significando Forças, Oportunidades, Franquezas e Ameaças. Não falaremos em detalhes sobre ela por não ser o foco do texto.
Existem ainda muitas duvidas e medos, mas a intenção deste artigo não é listá-las exaustivamente.
A intenção aqui é fazer você se sentir mais consciente da realidade sobre o que é empreender. Não é algo fácil, mas é totalmente possível de ser aprendido.
Quais são os primeiros passos? Quais são os principais pontos de atenção para quem está iniciando um negócio? O que eu preciso avaliar? Que realidade me espera? Como ficar minimamente pronto? Quais meus pontos fortes e fracos?
Está achando estranho estar lendo sobre empreendedorismo e gestão em um site sobre inovação? Gostaria então de dizer que todo negócio no início é como uma inovação tentando funcionar.
Uma coisa está totalmente relacionada à outra. E se você, mesmo sem experiência em negócios, tratá-lo com os questionamentos básicos que normalmente são necessários numa inovação, você estará mais preparado para estruturar os alicerces de seu empreendimento.
É bom ouvir a voz dos mais experientes:
“Não é preciso inovar para empreender, mas para aumentar suas chances de sucesso em um mercado hipercompetitivo, acredito que a inovação seja certamente a melhor receita.”
Gi Baccarin
Empreendedora, consultora e autora
“Inovação é transformar conhecimento em dinheiro”
Geoff Nicholson
O Pai do post-it® – 3M
“Para uma inovação ter sucesso, é preciso haver um acordo sobre o que significa a palavra ‘necessidade’ e os tipos de necessidade que os clientes possuem. Isso é importante porque o objetivo da inovação é desenvolver soluções para necessidades não atendidas de clientes”.
Anthony Ulwick
Autor de Jobs to be Done e fundador da Strategyn
Nessas frases, a inovação foi lembrada como uma estratégia para vencer a competitividade, para gerar dinheiro e para atender as necessidades não atendidas do cliente. O primeiro depende de por onde começar essa estratégia. O segundo se refere a ter um modelo que realmente dê lucro. E o último nos lembra que uma necessidade real precisa ser atendida, caso você queira aumentar suas chances de sucesso.
Percebeu a moral da história? A sua falta de experiência pode ser complementada pelo uso dos princípios da inovação. Quer ter essa aliada com você? Interessante, não?!
Sei que você deve ter um monte de coisas para fazer, afinal você está começando o seu negócio.
Mas, se eu consegui segurar sua atenção até agora é porque o que vem a seguir te interessa… e muito! Vamos em frente!
Por natureza, inovar é correr riscos implementando algo novo. E iniciar um novo negócio é também correr riscos. Então, se a inovação possui diversas estratégias e métodos que ajudam a reduzir esses riscos, você também pode utilizá-los a seu favor, reduzindo os riscos de seu negócio com direcionamento e inteligência.
Então, o primeiro passo é listar quais são os riscos básicos envolvidos em um novo negócio. Segue a lista:
1. Concorrência: alguém está resolvendo o mesmo problema que você? Já elencou os seus diferenciais?
2. Desejabilidade: você consegue explicar que problema sua oferta resolve em poucas palavras (uma frase)? Por que as pessoas comprariam a sua solução? Por conta de seus diferenciais? Por que você acha isso?
3. Capacidade de operação: imagine que o seu negócio é uma sequência, desde a criação do produto, passando pela entrega dele ao cliente e indo até o pós-venda (o momento quando você pergunta ao cliente se ele gostou, se quer melhorias etc.). Tudo isso gera a chamada cadeia de valor. Desenhe a cadeia de valor de seu negócio e se questione: Eu sei fazer todas essas coisas? O que eu preciso aprender? É melhor eu trazer sócios ou colaboradores que saibam dessas coisas para me ajudar? Preciso de fornecedores para realizar algumas das etapas? Preciso de aliados/parceiros?
4. Preço: o que estou vendendo vale o preço que estou cobrando? O preço que cobro é sustentável para meu negócio? As pessoas onde irei vender estão dispostas a pagar esse preço e nesse formato (mensalidade, pagamento único etc.)?
5. Mercado: você já pensou qual será seu público-alvo? Quando escolher, seja o mais específico possível, lembre que você está começando e quanto menos pessoas quiserem atingir no início, melhor. Escolha um público-alvo específico, mas também saiba o porquê de ter escolhido ele. Feito isso, pense numa lógica que te ajude a identificar quanto você poderá ganhar com esse mercado. Assim você entenderá se vale a pena ou não investir nessa ideia para esse público-alvo ou se escolheu o público-alvo errado.
6. Recursos: quais recursos críticos são existentes e faltantes hoje? Isso tem relação também com o item 3.
7. Estratégia de relacionamento: você sabe que não pode se limitar à estratégia de “menor preço” e “brindes”, certo?! Quem vem por dinheiro também vai embora por dinheiro. Então, pense em estratégias de relacionamento seguindo essa lista básica: como vou conquistar meu público-alvo? Depois de conquistá-los, como farei para que eles se mantenham ativos (retenção)? Como poderei ter uma relação que amplie as minhas vendas? Sua criatividade é o limite.
8. Ambiente: analise a cultura local, a macroeconomia (preço do dólar, inflação, preço da gasolina etc.), as tecnologias existentes, concorrentes, normas e leis e verifique se eles podem afetar a sua oferta. Por exemplo, você terá dificuldades em vender produtos de uma franquia de alto nível se sua cidade tiver poucos clientes de alta renda, exceto, claro, se você pensou em uma boa estratégia no item 7.
É aí que entram algumas técnicas de desenvolvimento centrado no cliente.
Hoje, a inovação é reconhecida como o ingrediente mais importante em qualquer economia moderna.
Utopia, questão de tempo ou apenas mais uma onda?
Utopia, questão de tempo ou apenas mais uma onda?
reflexões sobre aprendizagem, (des) apendizagem e aquilo que parece errado ou certo de se aprender em diferentes momentos da vida.